É certo e sabido que o que passou, é passado.
Mas, e quando o passado bate à porta? Há que deixá-lo entrar se quisermos recordar o que vivemos...
Dizem que o primeiro amor nunca se esquece... E é bem verdade!
Mas há uma explicação lógica: tudo é novidade.
Ainda me lembro da primeira vez que senti "borboletas" na barriga, da primeira vez que a minha respiração ficou ofegante com um beijo, de pensar que tinha encontrado a minha cara-metade e que aquele amor duraria para sempre.
Se durante um ano e meio chorei dia e noite para o esquecer, passaram-se seis anos e foi preciso o facebook para me lembrar da sua existência!
Fui procurar a caixinha com as fotografias dele...
Passámos a adolescência juntos, acampámos, escalámos, fizemos rappel, construímos cabanas e pontes, descemos o Douro numa jangada, trocámos juras de amor eterno sob o luar, e quando começámos a crescer, aquilo que tínhamos em comum deixou de ser suficiente para alimentar aquele sentimento...
Para o esquecer, tive que mudar toda a minha vida.
Abandonei os meus amigos, deixei de ir a sítios que frequentava diariamente, mudei todas as minhas rotinas e esvaziei o meu quarto.
Mais tarde retomei as amizades, visitei todos aqueles lugares a que deixara de ir mas nunca mais o vi... Nem fazia questão disso! Tinha medo que aquele sentimento me arrebatasse de novo...
Mas não! Surpreendentemente quando o "achei" não senti nada para além de um enorme carinho.
Agradeço-lhe do fundo do coração tudo o que me aprontou, porque só me fez fortalecer e aperceber-me que sou uma verdadeira guerreira.
Sofri, mas consegui tornar-me numa Mulher forte e independente!
Obrigada Ricardo I, foste o primeiro... Mas não o mais importante!